De acordo com Coutinho et al, citado por CARVALHO (2001), a PAF pode ser submetida, ao longo do seu curso, a uma divisão em 3 estádios: O Estádio I, Estádio II e o Estádio III.
O Estádio I tem uma duração média de 5 a 6 anos, período de tempo em que a doença se limita a atingir os membros inferiores, embora o paciente ainda caminhe sozinho e sem ajuda. Num exame mais pormenorizado, pode aparecer, frequentemente, ligeira fraqueza do extensor do hálux bilateralmente, ausência de reflexo aquiliano e alguma dificuldade em executar a posição de calcanhares. Existe também uma diminuição significativa da sensibilidade térmica e dolorosa, enquanto que a sensibilidade táctil e profunda, se mantêm inalteradas.
No que diz respeito ao Estádio II, este caracteriza-se pelo atingimento motor progressivo dos membros inferiores com marcha característica (Stepagge) e por amiotrofias distais. Ocorre também diminuição da força muscular das mãos e diminuição da sensibilidade térmica e dolorosa, nos membros inferiores e tronco. A sensibilidade táctil começa a ser atingida, havendo diminuição principalmente nas pernas e nos pés. Alguns casos desenvolvem diminuição grave da sensibilidade profunda dos membros inferiores. Neste estádio, o doente já se encontra incapacitado, mas ainda se consegue mover, precisando no entanto de ajuda. Tem a duração média de 4 a 8 anos, dando finalmente lugar a um estádio terminal.
No Estádio III, o doente encontra-se acamado ou numa cadeira de rodas, apresentando, de uma forma generalizada, fraqueza muscular, atrofias e arreflexia. Apenas a cabeça e o pescoço têm sensibilidade térmica e dolorosa, e a sensibilidade táctil está diminuída. Este estádio tem uma duração média de 2 a 3 anos, levando, inexoravelmente, à morte por caquexia ou por infecções secundárias.
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